O encontro, de mais de quatro horas e com oito pontos em discussão, foi na sede do Sinpol de Campinas e região, rua Marechal Deodoro, 75, bairro Botafogo, em Campinas, com os trabalhos coordenados pelo presidente da Feipol Sudeste e do Sinpol Campinas, Aparecido Lima de Carvalho, o Kiko.
Na ocasião, todos os representantes de suas bases sindicais puderam expor suas opiniões sobre temas que foram de uma reorganização da Lei Orgânica da Polícia Civil a assuntos como a regulamentação da Dejec (diária especial aos policiais); quais serão as formas de mobilização, caso o governo continue a não acenar sobre reposição; equipamentos (inclusive armas e viaturas), que estariam chegando com defeitos e colocando em risco policiais; direito à aposentadoria especial e proposta de minuta de lei que resgate a principal vocação da Policia Civil, que é investigar e solucionar crime de autoria desconhecida.
O presidente da Feipol Sudeste, Aparecido Lima, que este ano já esteve em reunião com o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes e manteve uma conversa, ainda que informal, com o governador Geraldo Alckmin, em Americana, onde cobrou a reposição salarial da categoria, que chegou ao índice de 10,6%, só no ano passado, considerou o encontro em Campinas bastante positivo. Ele destacou a participação das lideranças regionais interessadas nos anseios da categoria, sendo que alguns dos sindicalistas viajaram mais de 500 quilômetros para participarem da reunião.
“ Todas as carreiras da Polícia Civil têm o seu valor, nossa batalha continuará incansável em busca do respeito e dignidade que nossa categoria merece”, destacou Kiko, que é investigador de Polícia Civil aposentado. No dia 23/2, nas nove sedes dos sindicatos regionais filiados à Feipol Sudeste, acontecerão Assembléias Gerais Extraordinárias, nas quais serão deliberadas pautas com as principais reivindicações da categoria para este ano de 2016.
Reposição nos quadros de funcionários e a valorização das carreiras com a instituição de salários compatíveis com o nível universitário exigido para o desempenho das funções estarão entre as principais reivindicações. Também devem ser deliberadas formas de protestos, com paralisações parciais ou “operação padrão”, caso não haja, por parte do governo, nenhuma sinalização de pagamento das reposições salariais atrasadas há dois anos e que, por força da Constituição Federal, deveriam ser quitadas no ano de vigência.