HERÓIS DA POLICIA CIVIL 1° FEVEREIRO
Alguns questionamentos, surgem em uma data tão importante, eu mesmo durante minha carreira tive amigos que tombaram dentre eles o saudoso Darci Daynese Roman, que faleceu no meu plantão, numa rebelião de presos. Estava refletindo sobre a data e o fato de que na verdade o policial civil, hoje diante do sucateamento da policia civil, faz um trabalho heroico, tirando “leite de pedra” no seu dia dia, quando me deparei, com un texto na internet, sobre a morte trágica de um companheiro, que infelizmente coaduna com tudo que tenho reclamado, alardeado nas midias socias e para quem quiser ouvir.Adoraria estar errado, tentQo ser otimista mas a realidade não deixa..
O texto faz um questionamento
*Quem matou Miguel?*
Às vésperas de poder se aposentar na carreira, o Escrivão da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Miguel Cristale, deixou-nos. Após o final de mais um exaustivo expediente em uma das três delegacias onde trabalhava no interior do Estado, um acidente com a viatura que utilizava, seguido de circunstâncias ainda a serem esclarecidas, levou sua vida. “Uma fatalidade”, disseram os eufemistas. Mas, fatalidade trata-se de um destino inevitável, o que não se amolda à morte de Miguel. Miguel estava exausto e a tragédia de sua partida deixa-nos uma série de reflexões que rodeiam um único questionamento: Quem o matou?
O desmonte pelo qual passa a Polícia Civil de SP tem submetido os poucos funcionários ativos a condições degradantes de trabalho, tornando-os depressivos, exaustos, ansiosos, suicidas… São responsáveis por esse desmonte os mesmos a quem se deve atribuir a morte de Miguel. São responsáveis os que, do alto de sua posição privilegiada, exigem perfeição de funcionários cada dia mais imperfeitos. Os que exigem saúde física e mental de funcionários cada dia mais doentes. Os que exigem dedicação plena de funcionários cada dia mais exaustos. Os que exigem onipresença de funcionários cada dia mais escassos. São responsáveis os que preferem transferir suas responsabilidades e dizer “vão” em vez de “vamos”. São responsáveis os que auferindo mais, sacrificam-se menos.
“Cumpra-se”, “Expeça-se”, “Oficie-se”, “Intime-se”, “Diligencie-se”… Adoente-se, Enlouqueça-se, Morra-se.
Sete dias após a morte de Miguel e a conduta é fingir que ele nunca existiu. Designou-se outro para o seu lugar. Transferiu-se o seu acervo.
Nenhuma reunião convocada e nenhuma medida proposta a fim de verificar a saúde mental dos que restaram. Nenhum ato para garantir que o fato não se repita, ou, ao menos, para demonstrar que “sim, nós nos importamos”. Nada! No chão da fábrica não há tempo para luto.
Acontece que no chão da fábrica perdemos um amigo, e não só mais um funcionário. Sua partida deixou um vazio e não uma vaga…
Afinal, quem matou Miguel?
*#QMM?*
Hj no site do Sipol
HERÓIS DA POLICIA CIVIL 1° FEVEREIRO
Alguns questionamentos, surgem em uma data tão importante, eu mesmo durante minha carreira tive amigos que tombaram no cumprimento do dever, dentre eles o saudoso Darci Daynese Roman, que faleceu no meu plantão, numa rebelião de presos. Diante de tudo estava refletindo sobre a data e o fato de que na verdade o policial civil, hoje diante do sucateamento da instituição, faz um trabalho heroico, tirando “leite de pedra” no seu dia dia, quando me deparei, com um texto na internet, sobre a morte trágica de um companheiro, que infelizmente coaduna com tudo que tenho reclamado, alardeado nas midias socias e para quem quiser ouvir.Adoraria estar errado, tento ser otimista mas a realidade não deixa..
O texto faz um questionamento…
*Quem matou Miguel?*
Às vésperas de poder se aposentar na carreira, o Escrivão da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Miguel Cristale, deixou-nos. Após o final de mais um exaustivo expediente em uma das três delegacias onde trabalhava no interior do Estado, um acidente com a viatura que utilizava, seguido de circunstâncias ainda a serem esclarecidas, levou sua vida. “Uma fatalidade”, disseram os eufemistas. Mas, fatalidade trata-se de um destino inevitável, o que não se amolda à morte de Miguel. Miguel estava exausto e a tragédia de sua partida deixa-nos uma série de reflexões que rodeiam um único questionamento: Quem o matou?
O desmonte pelo qual passa a Polícia Civil de SP tem submetido os poucos funcionários ativos a condições degradantes de trabalho, tornando-os depressivos, exaustos, ansiosos, suicidas… São responsáveis por esse desmonte os mesmos a quem se deve atribuir a morte de Miguel. São responsáveis os que, do alto de sua posição privilegiada, exigem perfeição de funcionários cada dia mais imperfeitos. Os que exigem saúde física e mental de funcionários cada dia mais doentes. Os que exigem dedicação plena de funcionários cada dia mais exaustos. Os que exigem onipresença de funcionários cada dia mais escassos. São responsáveis os que preferem transferir suas responsabilidades e dizer “vão” em vez de “vamos”. São responsáveis os que auferindo mais, sacrificam-se menos.
“Cumpra-se”, “Expeça-se”, “Oficie-se”, “Intime-se”, “Diligencie-se”… Adoente-se, Enlouqueça-se, Morra-se.
Sete dias após a morte de Miguel e a conduta é fingir que ele nunca existiu. Designou-se outro para o seu lugar. Transferiu-se o seu acervo.
Nenhuma reunião convocada e nenhuma medida proposta a fim de verificar a saúde mental dos que restaram. Nenhum ato para garantir que o fato não se repita, ou, ao menos, para demonstrar que “sim, nós nos importamos”. Nada! No chão da fábrica não há tempo para luto.
Acontece que no chão da fábrica perdemos um amigo, e não só mais um funcionário. Sua partida deixou um vazio e não uma vaga…
Afinal, quem matou Miguel?
https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2023/01/24/policial-civil-morre-apos-viatura-capotar-em-rodovia.ghtml